Quando falam que os países emergentes podem ajudar a Europa, é da China que estão falando. È de lá que o mundo espera a salvação. Como o país tem US$ 2 trilhões de reservas combiais, pode pegar parte disso e comprar títulos europeus.
O Brasil tem muitos problemas e temos de cuidar deles. Se participarmos, será com uma quantia simbólica. De qualquer maneira, é mais um sinal dos tempos.
Mas vejam como as agências estão atrasadas. O Brasil é ainda considerado pela Standard & Poor's um país com classificação pior do que a Itália, que tem 120% de dividas e um governo desacreditado.
Ontem, ao divulgar o relatório anual, o Fundo Monetário disse que o mundo está em uma fase perigosa e que todos os países vão crescer menos do que se esperava.
Segundo previsão do FMI, o Brasil avançará apenas 3,8% este ano e 3,6% em 2012, o que seria o segundo pior desempenho da América Latina, atrás apenas da Venezuela. E para piorar a situação, a inflação subiu na prévia do IPCA divulgado ontem para 7,33% em 12 meses.
Mesmo assim, o Brasil é a menor das preucupações do Fundo. Pelo contrário: na entrevista concedida pelos economistas do FMI, o Brasil foi elogiado. Segundo o Fundo, a redução dos juros, apesar da inflação alta, não será problema porque há um aperto fiscal quem compensará.
O Fundo está preocupado com a Grécia que ainda não chegou a um acordo com o Grupo dos Três - Comissão Europeia, FMI e Banco Central Europeu - sobre a liberação de mais empréstimos para o país.
Se a Grécia der o calote, Portugal, que recebe hoje a terceira parcela do empréstimo de 70 bilhões de dolares, já avisou que precisará de mais ajuda. A Itália é outra fonte de preucupação.
A fase perigosa, segundo o FMI, é provocada pela soma de confusões que o mundo entrou este ano: terremoto no Japão, alta do petroléo por causa das revoltas da África, a piora considerável da Europa e a desaceleração dos Estados Unidos. È muita confusão para um ano só.
Nenhum comentário:
Postar um comentário