terça-feira, 18 de outubro de 2011

Copom inicia mais uma reunião para discutir a taxa básica de juros

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central inicia na tarde desta terça-feira (18) mais uma reunião, a sétima do ano, para discutir a possibilidade de promover mais uma redução da taxa básica de juros (Selic), que está em 12% ao ano desde 31 de agosto.
Na última reunião, o comitê formado por diretores do BC aprovou, por 5 votos a 2, a redução da taxa em 0,5 ponto percentual, além de sinalizar a possibilidade de novas reduções, tanto na nota distribuída depois da reunião quanto na ata divulgada na semana seguinte.
Em vista disso, a maioria dos analistas financeiros do setor privado, ouvidos pelo BC, passou a projetar mais duas reduções: uma na reunião desta semana e outra na última reunião do Copom do ano, programada para os dias 29 e 30 de novembro.
A expectativa, de acordo com o boletim Focus divulgado nesta segunda (17) pelo BC, é que a Selic termine o ano em 11%.
Como a reunião é realizada em duas etapas, a definição da taxa de juros que remunera os títulos públicos depositados no Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) só é conhecida depois dos debates finais, no segun,do dia, quando é encaminhada a votação. O resultado é divulgado sempre à noite, depois do fechamento do mercado financeiro.

Entenda a Selic
A Selic é chamada de taxa básica porque é a mais baixa da economia. Ela é usada nos empréstimos entre bancos e nas aplicações que os bancos fazem em títulos públicos federais.
A taxa funciona ainda como um piso para a formação dos demais juros cobrados no mercado para financiamentos e empréstimos - que são influenciados também por outros fatores, como o risco de que quem pegou o dinheiro emprestado não pague a dívida.
É a partir da Selic que as instituições financeiras definem também quanto vão pagar de juros nas aplicações dos seus clientes. Ou seja, a taxa básica é o que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo para empresas ou consumidores em forma de empréstimos ou financiamentos, a um custo muito mais alto.
Por isso os juros que os bancos cobram dos clientes é superior à Selic.
Ela é uma das ferramentas mais utilizadas pelo Banco Central para atuar no controle da inflação. Com a taxa mais alta, a consequência é que os juros aumentem nos bancos e o crédito fique mais caro. Isto é, empréstimos e financiamentos ficam mais custosos. Isso esfria o consumo e segura o aumento de preços.
Com a taxa em queda, o caminho é o exato oposto: os juros diminuem, o crédito fica mais barato e se expande. Com isso, o consumidor toma mais grana emprestada e compra mais, o que leva a um aumento de preços.

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