domingo, 9 de outubro de 2011

Brasil luta contra armadilha, após ano de forte crescimento

No primeiro maior teste de administradora da maior economia da América Latina, a presidenta Dilma Rousseff está lutando para se libertar de uma armadilha econômica, diz reportagem do New York Times de hoje. Após um ano em que registrou o maior crescimento em 25 anos, o Brasil está enfrentando aumento de inflação, uma moeda sobrevalorizada e um setor industrial que perde competitividade para importações chinesas baratas.
Mas as promessas de esforços de Dilma para arrumar esses problemas podem ser sabotadas nos próximos meses, já que o governo embarca em um dos maiores gastos em décadas.
Os líderes dos Estados Unidos e Europa, lutando para corrigir suas economias, se considerariam sortudos de ter problemas como os do Brasil. Sua economia – movida por preços altos de commodities, demanda robusta da China por matérias-primas e uma explosão no consumo doméstico movida pela expansão do crédito – cresceu 7,5% no ano passado, sua maior expansão desde 1986.
“Como outros países emergentes, Brasil foi muito menos afetado pela crise global”, disse Dilma nas Nações Unidas no mês passado. “Mas nós sabemos que nossa capacidade de resistir não é ilimitada.”
A estratégia dela até agora foi corajosa. Prevendo que a economia global não melhoraria este ano, o Banco Central do Brasil cortou as taxas de juros, fazendo uma arriscada aposta de que a já alta inflação não aumentaria ainda mais. O movimento, pensado para encorajar o crescimento e reduzir o valor da moeda, foi tomado juntamente com medidas para proteger as indústrias do país de uma inundação de importações asiáticas.

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