quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Preço do aluguel começará tendência de queda

Os preços dos aluguéis chegaram a aumentar 100% no Grande Recife, nos últimos dois anos. A valorização foi tanta que assustou até os corretores mais experientes do mercado. Mas a boa notícia para o inquilino é que não há mais possibilidade de aumento. O mercado chegou a um ponto de estabilidade e tende agora a reduzir nos próximos anos. Não porque o proprietário do imóvel não quer ganhar mais com aluguel, mas porque o inquilino não tem mais condições de pagar um preço maior.
“A renda do pernambucano aumentou, mas não a ponto de acompanhar o preço dos aluguéis. Chegamos a um limite. Não há mais possibilidade de aumentos além da inflação, porque ninguém pode pagar mais”, explica o presidente do Sindicato da Habitação (Secovi), Luciano Novaes. Ele está até aconselhando os proprietários de imóveis a negociarem melhor com os inquilinos e até fecharem negócio por um preço menor do que o pretendido, para evitar que o imóvel fique fechado sem ter ninguém que possa pagar o aluguel solicitado pelo dono.
“Nos últimos anos, o mercado estava ótimo para o proprietário porque os preços como um todo subiram muito e o inquilino teve que arcar com isso. Mas agora sem ter mais condições de suportar mais aumentos, o inquilino mesmo querendo não vai poder alugar. Então se o proprietário pede um aluguel de R$ 1.500, vale a pena ele fechar por R$ 1.300, por exemplo, para alugar logo”, garante Novaes. Segundo ele, o preço médio justo do aluguel de um imóvel de dois quartos mais um reversível fica entre R$ 1.200 e R$ 1.300. Um de três quartos mais um reversível seria de R$ 1.500 a R$ 1.800.
O diretor da Imobiliária Arrecifes, Frederico Mendonça, afirma que, nos próximos dois anos, os preços dos aluguéis devem cair cerca de 20%. “Muitos prédios serão entregues e mesmo com muita gente vindo morar em Pernambuco acredito que a oferta será suficiente”, diz. 
Boa Viagem continua sendo o bairro mais procurado por quem quer alugar um apartamento. Já o tipo de imóvel preferido é aquele com dois ou três quartos, em um prédio bem conservado, num bairro valorizado e com boa estrutura de lazer.
Dois fatores ajudam na valorização de um imóvel: a existência de acessórios como armários embutidos nos quartos, cozinha e banheiros e se ele tiver mais de uma garagem. De acordo com Mendonça, uma garagem a mais aumenta o preço do aluguel em até 20%. “Isso acontece sobretudo nos bairros mais adensados e valorizados, onde é difícil encontrar estacionamento na rua e as pessoas têm mais carros”, completa.
O preço do condomínio também influencia no valor do aluguel. O primeiro deve corresponde a, no máximo, 25% do valor do segundo. Mais do que isso, proprietário já se vê obrigado a reduzir o preço do aluguel para encaixar o condomínio na equação.

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