segunda-feira, 15 de abril de 2013

Em semana decisiva, mercado aposta na manutenção da Selic em 7,25%


Os analistas do mercado financeiro apostam que os técnicos do Banco Central vão manter a taxa básica de juros da economia no mínimo histórico de 7,25% ao ano na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para esta terça e quarta-feira. As previsões de mercado publicadas nesta segunda-feira no boletim Focus mantiveram a previsão para a taxa Selic apesar dos avisos recentes de autoridades econômicas do governo de que poderiam tomar medidas impopulares para conter o avanço da inflação, entre elas o aumento dos juros.
Na próxima reunião, que ocorre 45 dias após o encontro desta semana, os analistas creem que a taxa Selic já deve subir para 7,75%. O mercado aposta que os juros básicos da economia vão atingir 8,5% até o final deste ano, patamar que deve ser mantido em 2014.
Os analistas acreditam que a inflação deve subir 0,02 ponto percentual ainda em abril, mas começa a recuar a partir de maio, o que explica, em parte, a previsão de manutenção da taxa básica de juros. Até o final do ano, na visão de mercado, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, medidor oficial de inflação) vai atingir 5,68%.
A estimativa é inferior à da semana passada, quando a previsão foi de 5,7%, mas ainda supera o centro da meta perseguida pelo governo que é de 4,5% ao ano. No entanto, a expectativa continua dentro do intervalo de tolerância, que vai de 2,5% a 6,5%. Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a inflação atingou 6,59% nos últimos 12 meses, excedendo o máximo esperado pelo governo. A área econômica do Planalto espera que os preços dos alimentos, principais culpados pela alta, comecem a cair "em breve".

Fonte: Terra

OMC reduz previsão de crescimento do comércio global em 2013


A Organização Mundial do Comércio (OMC) cortou sua previsão de crescimento do comércio global em 2013 nesta quarta-feira, e afirmou que teme um aumento do protecionismo.
A OMC reduziu sua projeção de crescimento para 3,3% em comparação com os 4,5% previstos anteriormente, além de informar que em 2012 o comércio avançou apenas 2,0 por cento, menor alta anual desde o início dos registros em 1981 e o segundo mais fraco registrado depois de 2009, quando o comércio encolheu.
O diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, alertou que 2013 pode se mostrar pior do que o esperado, especialmente por causa dos riscos da crise da zona do euro, e que os países podem tentar restringir o comércio ainda mais numa tentativa desesperada de estimular o crescimento.
"A ameaça de protecionismo pode ser maior agora do que em qualquer época desde o início da crise, uma vez que outras políticas para restaurar o crescimento foram feitas e não deram certo", disse ele.
Lamy, que irá deixar o cargo no fim de agosto neste ano, classificou taxa de crescimento de 2012 como "moderada".
Apesar da expectativa de acelerar o comércio neste ano e uma previsão preliminar de um crescimento de 5,0% em 2014, espera-se que os aumentos anuais fiquem abaixo da tendência histórica do crescimento de longo prazo, que foi de 6% durante os 20 anos que precederam a crise financeira, mas agora permanece em 5,3%.
"Tradicionalmente, nós calculamos o aumento do comércio em relação ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em uma proporção de 2 para 1. Neste ano, estava em 1 para 1 e nós esperamos ver essa relação se restabelecer por si só", disse o economista-chefe da OMC, Patrick Low.
As previsões da OMC são baseadas no crescimento do PIB global de 2,1% em 2013, uma estimativa de consenso que a OMC informou não ter mudado desde 2012.
"Os riscos para a previsão estão firmemente enraizados no aspecto negativo e estão muito ligados à crise da dívida soberana na Europa", informou a OMC em comunicado.

Fonte: iG

BNDES empresta R$ 37,2 bilhões e tem melhor 1º trimestre da história


O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aumentou em 52% o valor de seus empréstimos na comparação entre o primeiro trimestre deste ano e o mesmo período do ano passado. Nos três primeiros meses do ano, R$ 37,2 bilhões foram desembolsados pelo banco. O valor é o maior já registrado para o período na história do banco.
Boa parte do crescimento foi puxada pelo aumento dos empréstimos a micro e pequenas empresas. Dos R$ 37,2 bilhões emprestados, R$ 15,1 bilhões foram para esse segmento. Isso representa um crescimento de 50% com relação ao primeiro trimestre do ano passado.
Os desembolsos para a indústria cresceram ainda mais: 109%. Os empréstimos do BNDES para o setor atingiram R$ 13,5 bilhões no 1º trimestre.
O aumento dos desembolsos foi acompanhado pela maior aprovação de financiamentos pelo banco. Só no primeiro trimestre de 2013, o banco aprovou R$ 40,7 bilhões em financiamentos. O crescimento na comparação com primeiro trimestre do ano passado é de 51%.
"Os números são muito robustos", afirmou o presidente do BNDES, Luciano Coutinho. "O primeiro trimestre de 2013 foi um período de forte desembolso".
Coutinho vê o momento atual como sendo muito interessante para a economia do país. "Os números mostram que a recuperação do investimento não veio de grandes empresas ou de grandes projetos", disse.

Fonte: UOL

Graça Foster diz que gasolina e diesel não voltarão a subir em 2013


A presidente da Petrobras, Graça Foster, disse em entrevista ao jornal "Zero Hora" que não haverá novo aumento do diesel e da gasolina em 2013.
"Hoje para o quadro do Brent e para a taxa de apreciação do real, para o câmbio, não há previsão de aumento de combustível", afirmou a executiva à publicação gaúcha.
Sobre a polêmica dos últimos dias envolvendo eventual socorro da Petrobras ao grupo de Eike Batista, Graça disse que a estatal conversa desde setembro "projeto a projeto" com o empresário, entre eles o da construção do porto do Açu, no Rio de Janeiro.
"O grupo X tem uma infraestrutura muito grande e estamos trabalhando projeto a projeto com eles. O grupo tem, junto com a Mendes Júnior, outros dois contratos para plataformas. Tem navios que ganharam licitações e outros assuntos que estamos discutindo. Mas tudo será alvo de licitação", explicou Graça.

Fonte: UOL

domingo, 14 de abril de 2013

Brasil deve aderir ao Protocolo de Madrid


A Câmara de Comércio Exterior, do governo federal, recomendou, na última terça-feira (9/4), a adesão do Brasil ao Protocolo de Madri, que irá facilitar o registro das marcas nacionais no exterior. A proposta será enviada pela Casa Civil da Presidência para deliberação do Congresso Nacional.
O registro no exterior é fundamental para as empresas que pretendem investir em outros países. Isso porque a marca só é válida no país em que ela foi registrada. Assim, se a corporação brasileira não registra sua marca nos Estados Unidos, por exemplo, ela pode ser registrada por outra empresa, que poderia até impedir a brasileira de vender naquele mercado.
O Protocolo de Madri é um acordo internacional, administrado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), que permite solicitar o registro da marca nos países membros por meio de um único pedido, reduzindo custos e procedimentos. O Protocolo é válido em 88 países, mais a União Europeia.
Apesar do pedido único, cada país fará o exame da marca para verificar se está de acordo a legislação de seu país. Entre os membros estão alguns dos principais parceiros comerciais do Brasil, como Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e França. Do grupo chamado Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), o Brasil é o único que ainda não integra o acordo.
As marcas estrangeiras também poderão ser depositadas no Brasil com mais facilidade. Porém, o número de pedidos do exterior não deve aumentar muito: com base nos dados da OMPI, prevê-se que o Brasil receberá de três a quatro mil pedidos de registro de marcas no primeiro ano, no caso de adesão ao protocolo. Esses números representam menos de 3% do que é depositado anualmente no país. Com informações da Assessoria de Imprensa do INPI.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

França deve aumentar investimentos em Pernambuco


Pernambuco deve ser alvo de investimentos da França em diversos segmentos. Uma delegação de empresários do país europeu, liderada pelo embaixador francês no Brasil, Bruno Dalayer, se reuniu, nesta quarta-feira (4), na FIEPE, com lideranças empresariais do Estado para discutir propostas de intercâmbio comercial.
"A França já é um dos principais países investidores no Brasil, mas a maioria dos investimentos está concentrada no Sudeste e Sul", disse Delayer, completando que o país deseja ampliar os negócios com Pernambuco e outros estados do Nordeste.
Segundo o chefe do serviço comercial da embaixada da França, Bertrand Camacho, ainda estão sendo analisadas as cadeias produtivas com maior potencial para investimento, mas algumas áreas já foram definidas: saneamento, mobilidade urbana, petroquímica e farmacêutica. Camacho também citou a possibilidade de parcerias com empresas de tecnologia instaladas no Porto Digital do Recife.
O vice-presidente da FIEPE, Ricardo Essinger, afirmou que a mobilização pode trazer bons negócios para pequenas e médias do Estado, que podem se tornar fornecedoras de empreendimentos de grande porte que venham a ser instalados em Pernambuco. De acordo com Essinger, a Federação manterá diálogo com França, atuando como intermediadora e articuladora de possíveis investimentos.

Fonte: FIEPE

Camex aprova 217 novos ex-tarifários para incentivar investimentos na indústria


Foram publicadas hoje, no Diário Oficial da União, duas Resoluções Camex que reduzem temporariamente o Imposto de Importação para 217 máquinas e equipamentos industriais sem produção no Brasil. 
A Resolução Camex n°17 reduz para 2%, até 31 de dezembro de 2013, as alíquotas para compra no exterior de 213 bens de capital, como motores, bombas e combinações de máquinas. Já a Resolução Camex n°18, altera, até 30 de junho de 2014, as alíquotas para importação de quatro tipos de bens de informática e telecomunicação: impressoras portáteis, máquinas de teste para a realização do processo final de produção de módulos eletrônicos veiculares; caixas de comando para gerenciamento do sistema de freios; e controladores de temperatura micro processados, para uso em refrigeradores comerciais.
As alíquotas originais dos itens beneficiados pela redução de Imposto de Importação variam de 14% a 16%. A descrição completa dos produtos com a identificação dos códigos da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) podem ser verificados nos textos das Resoluções Camex publicadas hoje.

Investimentos de US$ 6,629 bilhões
Os investimentos globais vinculados aos 217 novos ex-tarifários aprovados pela Camex chegam a US$ 6,629 bilhões. Já os valores relacionados à importação de equipamentos são de US$ 519 milhões.  A maior parte dos investimentos globais relacionados às duas novas Resoluções Camex é dos setores de geração de energia (65,67%); ferroviário (19,60%); petróleo (2,71%); agroindústria (2,68%); e siderúrgico (2,13%).
Os projetos beneficiados têm objetivos diversos como a ampliação da matriz energética brasileira, melhoria do sistema de transporte urbano, abastecimento do mercado interno,  e aumento as exportações.
Com as novas provações, a Camex já concedeu, em 2013, 908 ex-tarifários que integram projetos de investimentos de US$ 9,7 bilhões e representam US$ 2,496 bilhões em importação de equipamentos.

O que são ex-tarifários
O regime de ex-tarifário consiste na redução temporária da alíquota do Imposto de Importação dos bens assinalados como BK (bens de capital) e/ou BIT (bens de informática e telecomunicação) na Tarifa Externa Comum do Mercosul, quando não houver produção nacional.
O regime viabiliza aumento de investimentos; possibilita o incremento da inovação tecnológica por parte de empresas de diferentes segmentos da economia - uma das diretrizes da Plano Brasil Maior;  e  produz efeito multiplicador de emprego e renda sobre diferentes segmentos da economia nacional.
A concessão do regime é dada por meio da Resolução nº 17/2012 da Câmara de Comércio Exterior (Camex) após parecer do Comitê de Análise de Ex-Tarifários (Caex).

Fonte: MDIC